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A campainha toca e eu estou ainda meia despida. Abro e espero. Ninguém. Vou para o banho. Estou apenas meia vestida quando toca de novo a campainha. Abro e espero. Ninguém. Deixo-me cair sobre a cama meia desfeita. Completamente desfeita estou eu. Vivo a vida meia vestida, meia despida. Abro a porta sempre que tocam à campainha. Nunca é ninguém. Neste ponto digo-me: " - Alguém anda a brincar contigo. Para a próxima não abras." Mas pergunto-me... e se de nunca a abrir me esqueço um dia que tive uma porta que podia ser aberta? As paredes acabarão por me deixar meia esmagada, meia despida, a meio caminho de uma janela com vista para o rio...por fim meia morta, porque agora estou meia viva.
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