quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

dia mal dito

...

sentada no banco de jardim desafio o rio ao longe
posso esperar o tempo tenho todo o tempo nada me espera
espero no silêncio e na cinza dos dias
- Que o rio galgue a cidade! Que me devore!
e volte por fim ao seu leito que me leve para o seu leito de lodo
com todas as coisas irreconheciveis irreclamadas e inuteis
encontradas no caminho putrefacto
nada me espera nada me trará de volta
e o banco de jardim não dará pela ausência
...

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