segunda-feira, 22 de março de 2010
Passeei em campos salpicados de papoilas. Bastava-me a sua cor de sangue e o toque macio que me levava por caminhos de seda que nunca conheci. Ensinaram-me a colhê-las, a dobrar as pétalas ao contrário, a arrancar os "cabelos" negros que lhe revelavam um rosto. As pétalas eram saias, o pé, o único apoio para a sua coreografia. Em segundos passavam de papoilas a bailarinas e em outros tantos passavam de bailarinas a cadáveres mutilados. Como é facil aprender a destruir os momentos de beleza e prazer.O que não conto é daquela papoila que mantenho escrita no meu peito, sempre inteira, sempre viva.
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