domingo, 25 de abril de 2010
The Wall
Passa o tempo e não sei se passo com ele. Passo eu e ele fica. Quem passa não chega a lado algum, quem fica vive. Vai decidir o tempo quem fica e quem passa. Falo, mas o tempo é surdo, grito mas a vida ignora-me: tenho que conseguir ignorar o tempo e o silêncio. Estendo a mão durante a queda, procurando outra que não está lá, ou me deixo cair ou me agarro com as próprias unhas a esta parede que inventei, sem abraços, sem beijos nem afectos. Por fim, tudo o que resta é seguir os vermes e encontrar o corpo.
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