tempo vazio
entre a dor e o silêncio
entre a cegueira e a mudez
onde me dispo
gasta-se o futuro
perdem-se as palavras e os sonhos
da memória faz-se um muro
tempo vazio
entre viver e fingir-se de vivo
entre os bastidores e o palco
onde me perco
rasga-se a carne
entre mortos e vivos fica o pó
levo o caminho sem regresso
onde fico
e já não sei se quero voltar
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