sexta-feira, 24 de junho de 2011

ausências

...

não ouso adormecer

não ouso respirar

não vá o rio em que me deito secar

ou os sonhos que me abrigam perecer


sem dormir não há acordar


um sopro teu e apagas as estrelas

- salpicaste-as tu em mim -

um segredo teu e oiço a canção

a voz doce da tua inquietação

- adormecendo, cedo por fim -

não só de noite se fazem trevas

- Sol e Lua podem eclipsar -

também de ausência se faz amar
...

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