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muito viajava, tonta, a menina Na sua bolha de espuma, soprada numa caninha. Vivia na bolha, a menina, e o seu mundo era rosa, azul e lilás e todas essas cores ao mesmo tempo Amigo, empurrava-a o Vento, num abraço , na fúria da brincadeira, quase a desfazia Tonta, a menina, viajou sobre os campos, viu cearas e papoilas, bailarinas do avesso Levou-a o Vento Suão para lá das cercas do seu quintal. A bolha de espuma cresceu, fez-se sabor de Sal - podia ser lágrima - não morasse lá dentro a tonta menina, não a tivesse levado o Vento a pousar sobre o mar. Fez-se bolha entre todas as deixadas esquecidas pelas ondas, sobre o areal.
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