terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Santuário

O frio visita a cidade. Percorro as ruas iluminadas sem destino, sem pressa. Uma onda de frio beija-me o rosto. Fecho os olhos por instantes e esqueço-me do tempo certo para voltar a abri-los. Um sorriso, um rosto, uma memória. Aconchego-os no meu peito, envolvo-os nos meus braços. Vagueio pelas avenidas, passeio por ruas e becos. Passos perseguem-me como quem busca um culpado Apresso-me. Corro já, apertando cada vez mais contra o peito a memória do teu olhar, protegendo-a do tempo... Nunca me perdoaria se a perdesse.

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