sábado, 18 de setembro de 2010

Voo para Nunca

... ...
Eu fico. Fico sempre. A minha vida é um cais.
Debruço-me sobre o rio, quase escorrego.
Aceno e não sei se cumprimento, se me despeço.
Todos partem, todos voltam, eu fico.
Um dia hei-de mergulhar. Partir e não voltar.
Serei capaz de me deixar afundar?
Ou subo até ao ponto mais alto daquela ponte.
Não vou, não fico, não parto...
será suficiente para me fazer voar?
... ...

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