sábado, 29 de janeiro de 2011

a que soam as noites

...
Soam frias e amargas as noites
prémio de consolação nos dias
vazios
Soam a roçar quente e sedento de corpos
sós
que nunca se encontram de sempre
perdidos
Soam a choros mudos e corrosivos
ao desfazer abrupto de laços e
nós
Soam rasgadas a camas desfeitas
nas teias de linho de amanheceres
vencidos
Soam a cio de amantes cegos
A gritos calados na loucura insana e

desejos
...

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