Lágrimas não são chuva, nunca o foram, falta-lhes a fertilidade, o fim: a terra. Lágrimas desaguam em rios, entre gritos de angústia e dor. Deixam secos os corpos, abrem fendas nos rostos. Levam tudo consigo, até a alma. Deixam para trás os corpos onde já não se rasgam sorrisos, onde se rasga carne e nervo, onde se quebram os ossos. No fim, todos ficamos irremediavelmente sós, chafurdando na mesma lama, na esperança de nova enxurrada.
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