quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

silêncios

...

pedes-me palavras de amor

nenhuma me pertence

calo-me, muda, sem palavras

e dou-me
no silêncio que se faz no roçar dos corpos

e dás-te
no sémen que se derrama sem saber

pedes-me então mais silêncios,
mais pele na pele,
mais fundo

não sei se dou, não sei se dás
tudo é receber
tudo é dar e sentir

perdemo-nos no balanço
no deve e no haver
nos sentidos sem sentido

e vamos
no nosso  grito

a dois

...







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