Fiquei com Março colado à pele.
Foi o degelo que não aconteceu,
o frio que se incrustou no corpo, quebrando ossos,
rasgando carne.
Foi o vazio que veio e ficou,
mora em mim, no meu silêncio, na ausência do sorriso.
Na ausência de um som, onde não há som.
Onde não há eco.
Arranco os pulmões num grito desumano e... não há nem memória.
Só
despindo-me,
Só
rasgando os trapos em que me fiz, arrancando a máscara...
Só
poderei libertar-me deste Inverno?
...
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