...
teci um manto de escuridão
na fúria dos nós quebrei os dedos
vi-os em ferida
sem função nas mãos inúteis
fracos
para um abraço
mortos
para uma
carícia
cubro-me com o manto escuro
tecido pelo meu silêncio,
e calo-me
Calo-me sempre!
não vá o meu grito despertar as feras
não vão as feras destruir o meu mundo
aquele de que me escondo
E depois,
rodeada de destroços,
de silêncio
de que me esconderia eu?
abafo o grito na escuridão do manto
E fujo!
de mim
...
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