sábado, 22 de março de 2014

fuga de mim menor

...
teci um manto de escuridão

na fúria dos nós quebrei os dedos

vi-os em ferida
sem função nas  mãos inúteis
fracos
para um abraço
mortos
para uma carícia

cubro-me com o manto escuro
tecido pelo meu silêncio,

e calo-me
Calo-me sempre!

não vá o meu grito despertar as feras
não vão as feras destruir o meu mundo 

aquele de que me escondo
E depois,

rodeada de destroços,
de silêncio

de que me esconderia eu?

abafo o grito na escuridão do manto
E fujo!

de mim
...

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