sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Paris

... ... A Paris é uma pequena pantera. O seu corpo esguio é a noite mais profunda da alma felina. Ainda bébé, brinca, imagina caçadas, esconde-se de um inimigo invisível. Ensaia uma vida de liberdade numa selva que desconhece e descobre por debaixo do armário. Só os olhos existem no canto escuro onde se aninha, brilham na noite do seu corpo pequenino. Acariciada ronrona e rebola, enquanto a brincadeira não a desperta do turpor do mimo. Se tivesse outra vida, queria ser Paris, a pequena pantera... ... ...

1 comentário:

Ricardo Lopes Moura disse...

não há nada como o poder de observação, aliado ao de sonhar :)