domingo, 30 de maio de 2010

Alfama

Aldeia dentro da cidade, vaidosa de tão fotografada. Respira-se o Tejo e o carvão ardente nos pateos. Vai-se a luz devagarinho, a noite vai beijando com gozo o rio, abrigando aqueles que não têm para onde ir. A música de cada um apenas concorda no refrão do 28 ao atravessar Lisboa. Cada um segue um caminho, cada um procura o seu formigueiro, guarda o seu segredo de noites sós e dias esquecidos, guardando na alma a esperança desta cidade não esquecer o amor que lhe temos, apesar de espelhado no rosto.

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