...
se eu fosse um poema
estaria por escrever
no bico de um lápis
apontado a um rio
se eu fosse um poema
teria morrido ao nascer
cuspida de um ventre em explosão
se eu fosse um poema
não teria palavras
seria um mar
sem ondas
sem marés
sem fim
eternamente por acabar
se eu fosse um poema
media com o próprio sangue
o tempo que não vai sobrar
...
sábado, 28 de julho de 2012
sexta-feira, 27 de julho de 2012
pérolas e diamantes
...
__________já Só__________ resta coração______
_______vendi__________________________ Tudo_____
_____não_____________ recebi Nada
fiquei __________quebrada
_______________E rica______________
...
__________já Só__________ resta coração______
_______vendi__________________________ Tudo_____
_____não_____________ recebi Nada
fiquei __________quebrada
_______________E rica______________
...
domingo, 22 de julho de 2012
longe
...
brotou vida no meu corpo
amparei o choro
aprendi o amor
- vício de vida -
respirei em chamas
como se existisse
na lembrança
assisti ao definhar da minha pele
à secura dos meus lábios
ao partir dos amigos
tudo se fez longe
no tempo
tudo se fez tarde
na distância
na espera
na morte
intrusa em mim
desde
o primeiro dia
que se cumpra pois
__________________o último
...
brotou vida no meu corpo
amparei o choro
aprendi o amor
- vício de vida -
respirei em chamas
como se existisse
na lembrança
assisti ao definhar da minha pele
à secura dos meus lábios
ao partir dos amigos
tudo se fez longe
no tempo
tudo se fez tarde
na distância
na espera
na morte
intrusa em mim
desde
o primeiro dia
que se cumpra pois
__________________o último
...
quinta-feira, 19 de julho de 2012
... de uma noite de Verão
...
demos as mãos
e acreditámos num mundo nosso
invencíveis, corremos estradas
e caminhos
escalámos montanhas
rebolámos dos montes aos vales
esmagámos o colchão na nossa luta
matámos sedes
e curámos feridas
cantámos madrugadas
embriagados de mel
tornámos lentas, as horas
e o caminhar
o nosso destino era o areal
e tu, o seu grão levado pelo vento
escorregadio
entre os dedos minha mão
...
demos as mãos
e acreditámos num mundo nosso
invencíveis, corremos estradas
e caminhos
escalámos montanhas
rebolámos dos montes aos vales
esmagámos o colchão na nossa luta
matámos sedes
e curámos feridas
cantámos madrugadas
embriagados de mel
tornámos lentas, as horas
e o caminhar
o nosso destino era o areal
e tu, o seu grão levado pelo vento
escorregadio
entre os dedos minha mão
...
terça-feira, 17 de julho de 2012
tic tac
...
o tempo
função matemática da distância a que desenhas o futuro
e da velocidade escolhida para o alcançar,
é lento,
na felicidade que se espera,
é lento,
na vida que se demora
em nós,
é lento,
na pressa do amor
feito nos lençóis rasgados,
é lento,
e
só
urge
quando se acaba
...
o tempo
função matemática da distância a que desenhas o futuro
e da velocidade escolhida para o alcançar,
é lento,
na felicidade que se espera,
é lento,
na vida que se demora
em nós,
é lento,
na pressa do amor
feito nos lençóis rasgados,
é lento,
e
só
urge
quando se acaba
...
terça-feira, 10 de julho de 2012
tão perto de um fim...
...
Ofereço-te
o meu silêncio
nas notas dedilhadas
em nós
nas nossas almas
Ofereço-te
a minha ausência
num copo de vinho
sacia em mim
a tua indiferença
a loucura
de um passado
inventado
a dor
de um futuro
amordaçado
Ofereço-te, sim...
não mo roubes
pois ofereço-o a ti
no teu olhar embargado
a minha ausência de braços, a minha secura de lágrimas
o meu grito
o meu silêncio
...
Ofereço-te
o meu silêncio
nas notas dedilhadas
em nós
nas nossas almas
Ofereço-te
a minha ausência
num copo de vinho
sacia em mim
a tua indiferença
a loucura
de um passado
inventado
a dor
de um futuro
amordaçado
Ofereço-te, sim...
não mo roubes
pois ofereço-o a ti
no teu olhar embargado
a minha ausência de braços, a minha secura de lágrimas
o meu grito
o meu silêncio
...
quarta-feira, 4 de julho de 2012
"todo o poeta é um fingidor"
...
- Agora a fingir que eu era uma princesa.
- Sim.
- Agora a fingir que tu eras um sapo.
- Porquê um sapo?
- Para eu te beijar e te transformar! Mas só a fingir...
- Se for só a fingir podes beijar-me e transformar-me. Mas só a fingir.
- Claro que é só a fingir! Se não fosse a fingir como poderíamos voltar a brincar?
...
- Agora a fingir que eu era uma princesa.
- Sim.
- Agora a fingir que tu eras um sapo.
- Porquê um sapo?
- Para eu te beijar e te transformar! Mas só a fingir...
- Se for só a fingir podes beijar-me e transformar-me. Mas só a fingir.
- Claro que é só a fingir! Se não fosse a fingir como poderíamos voltar a brincar?
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