quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Morte anunciada

...

chegou o tempo

e a espuma das ondas

passeia nas tuas mãos

Desfazem-se ao toque

são nada

são sal colado à tua pele 
desfeito na água doce do teu banho

fita de cinema mudo
cenas que não filmaste
e desejos vãos

Apaga - o

Apaga o tempo, agora que é chama

Vela cedendo ao vento
queimando a carne e a pele

chegou o tempo 
voltamos a ser papel de rebuçado, transparente e lambuzado

... poema mediocre e inacabado

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