segunda-feira, 6 de junho de 2011

inodoro e indolor

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Dormir e não acordar nunca mais. É no sono que esqueço o Só que
que sou. Em sonhos acredito e existo. Evaporo-me quando quero.
É em sonhos que pertenço ao mundo. No sono diluo o nada da vida,
o vazio dos olhares, a ausência da palavra. É em sonhos que o
silêncio me segreda: aqui jaz quem tudo sonha e nada tem, aqui jaz
quem ama a liberdade e é Só. Acordo em sobressalto privada de ar,
afinal não morri: não há cheiro de flores!
 
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