domingo, 29 de janeiro de 2012

sons de celofane

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Distraio-me sempre com o canto dos pássaros. Prendo-me a uma melodia que me leva um sorriso. Abstraio-me da cidade, dos carros em fúria no seu caminho até ao próximo semáforo que os faça parar. Na cidade há música! A cidade canta entre as árvores, pula de galho em galho à procura de ninho. Aves que cantam por que sim, aves que cantam em busca de companhia, aves que cantam procurando um piar mais fraco, o piar de outra ave, prestes a perder o seu ninho,  tudo por já não ser forte o seu cantar. Todas cantam,  embelezam o caminho que orquestro com os meus passos e mostram-me que amanheceu mais um dia a que eu não estou a faltar. Um dia em que não vou cantar, mas à minha maneira, irei lutar!

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