quarta-feira, 20 de junho de 2012

era uma vez

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Era uma vez um mar, onde flutuavam todos os rostos esquecidos. Sem maré, o caminho fazia-se à deriva, sem partida nem chegada. Uma noite, um meteorito rasgou os céus, caiu sobre o mar. Febris, as águas agitaram-se, iluminaram-se, deixando que a Lua percebesse o contorno dos rostos. Foi uma agitação que nunca mais abandonou aquele mar, uma luz que nunca mais ali se apagou. Os rostos, conta-se, insurgiram-se contra o seu destino de deriva solitária. Uniram-se, cuspiram os corações, deixaram-se afundar. Deles nasceu um magnifico coral, fonte e abrigo de vida, colorido, alegre e imortal.

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