terça-feira, 6 de novembro de 2012

a última fonte



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Ainda de toalha nas mãos observa o rosto, observa os rios traçados pelas lágrimas. Baixa a cabeça, a fim de se certificar que o resto do corpo ainda existe. Repara no peito: aberto, em ferida. Entre o músculo pulsando débil e o próprio sangue à procura do caminho, reparou no coração. Sozinho,  isolado de todo o caos que o rodeava, batia... os rios traçados pelas lágrimas no rosto, convergiam para ele, lavrando caminhos, abrindo sulcos onde nunca viriam a ser lançadas sementes, por já não serem terreno fértil. A fonte secara.

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