sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Há dias assim

A lâmina beija o branco da pele, tornando-a vermelha. O rio desenhado pelo vermelho do sangue desagua-me na alma. A dor fina e ardente penetra a carne e invade-me os sentidos. Acalma aquela dor que me mora na alma sem tempo. A realidade torna-se turva, as linhas dançam à minha frente e as cores perdem-se. Vai-se o tino e o sopro de vida torna-se débil. A dor torna-se maior que o golpe, a dor torna-se maior que a alma.

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