segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sou uma bola de sabão. Vinda não se sabe de onde. Leve, leva-me o vento. Rebolo sobre mim mesma, num brilho de nada, em cor nenhuma . Odor a sabão. Chego acima da atmosfera, fora da terra, do mundo e das gentes. Enfrento tempestades de estrelas, guerras de deuses, nuvens de cinza vulcânica, desabamentos de glaciares e desmoronamentos de terra. Existo enquanto me soprares de vida. Na noite em que deixares de me sonhar, faço-me naquilo que sou: umas gotas de água nas tuas mãos nuas de anéis.

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