sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Cinzas

... _ _ _ ... ... ... Já não sonho. Sonho que sonho... e não durmo. Apagaram-se as luzes, só a solidão e eu, no escuro. Não sei se arranque este punhal que me atravessa o corpo, se me deixe assim... esperando o derradeiro sopro. Já não sonho. Sonho que sonho... e não durmo. Abandonaram-me as forças, o sangue e a vida. Deixo-me arrastar pelas ondas na força da maré... vazia Vazia a maré e o corpo levado para o fim do mundo Já não sonho nem sonho que sonho, apenas durmo. Passa a vida por mim, cavalos marinhos e algas coloridas Nem oiço ao longe as vozes na praia, os risos dos vivos . Apenas eu e o mar, apenas eu e a maré, apenas eu... sem vida...
... ...
... _ _ _ ...

Sem comentários: